POEMA DO MAR
Tentemos as auroras
dos espelhos
Tentemos a espada
Nada nos olhos
impede
a água e o cavalo
do espaço
A manhã
ceifou-nos da garganta
pesadelos ritmados
de noite
Tentemos a saudade
e o voo
É a gaivota
que marca a distância
no ventre vicioso
dos cais
Nada nos impede
o amor
nem a solidão
Tentemos o encontro
fixo
nos lábios das estátuas
O rosto da chuva
é o sexo
das fontes
Tentemos misturar
os cabelos
Nada impedirá
no suicídio
o encontro vegetal
das mãos
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