Sem título
Dá-me a tua mão
assim protejo-te do incômodo
o mundo bloqueado pelo meu ombro
Se o amor não se esquece
a dor não se lembra
Guarda as minhas palavras:
Nada passará
nem mesmo o último álamo
- Lápide sem epitáfio
erguida no limite do caminho
As folhas que caem também sabem falar
ao rodopiar, perdem a cor, embranquecem
congelam lentamente
seguram os nossos passos
Por certo, ninguém sabe o amanhã
que nasce na madrugada seguinte
quando nos afundamos no sono
______
Bei Dao
Não acredito no eco dos trovões
Nenhum comentário:
Postar um comentário