Um humano em silêncio é quase uma obra de arte
E se apenas olha a água correr
Como se estivesse pensando enquanto lava as mãos
É quase uma obra de arte
Desde que não se saiba o que fez antes
Desde que não se saiba o que intenta fazer depois
Um humano adulto é sempre um quase
Sustentando-se entre o antes e o depois
E a ponto de pronunciar uma palavra
No momento em que quebra o silêncio
O ar todo em volta estremece
Pronto, temos somente um humano
Prestes a desmoronar-se
De alegria, tristeza ou indiferença
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Assionara Souza
instruções para morder a palavra pássaro
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